MUSEU DO CAFÉ: O café no Brasil

No Brasil são cultivados dois principais tipos de café: o Arábica e o Robusta. Veja abaixo algumas informações sobre eles.

Planta exótica que pertence à familia das Rubiáceas, do gênero Coffea, que engloba diversas espécies (cerca de 60), das quais apenas duas são cultivadas e comercializadas: a Coffea Arabica e Coffea Canephora, conhecido como Robusta (no Brasil, Conilon).

O Coffea Arabica – recebeu exta classificação em 1753. Possui 44 cromossomos e só faz cruzamento com ela mesma. Muito perfumada, doce e ligeiramente ácida. O sabor é suave, aromático e achocolatado. Originária da etiópia, a planta é bastante delicada e necessita de tratamentos intensos. Os grãos antes de torrados são de forma ovóide alongada, de cor verde azulada e apresentam um sulco pouco pronunciado e sinuoso. O habitat ideal de cultivo situa-se entre 600 e 2000 metros de altitude: quanto maior a altitude, mais chances de obtenção de excelentes qualidades organolépticas dos grãos. Com valores dispares de cafeína a tipo Arábica tem 1 a 1,17 % de cafeína enquanto o Robusta tem 2 a 4,5 %. Com um único tronco a Coffea pode atingir ate 5 metros de altura, com raízes secundarias irradiando em todos os ângulos, copa em forma de cone devido a ramos laterais. Hoje, o ‘Arábica’ representa três quartos da produção mundial de café. A taxa de cafeína deste tipo de grão é de cerca de 1,4%.

Coffea Canephora (Robusta) - Descoberta e classificada no fim de 1800. Essa variação da planta do café tem origem na África Subsaariana e, atualmente, o maior produtor é o Vietnã, onde o Coffea Robusta foi introduzido por colonos franceses no final do século XIX. Os grãos do Robusta são mais robustos (daí o nome da variedade) do que o Arábica, mas produz uma bebida de degustação inferior com um maior teor de cafeína.Por ser mais fácil de cultivar que o Arábica, acaba sendo mais barato de produzir, mas pela qualidade inferior dos grãos, serve apenas para enchimento de mistura de café de qualidade mediana. É também usado em pó de café instantâneo e em espressos blend para promover a formação da crema. Após a torra, o Coffea Robusta possui um sabor terroso e mais amargo que o Arábica. Esse sabor costuma ser desejável em blends pois dá “força” e “término”, notórios da cultura de café italiano. Normalmente, nas opções de pó tipo blend, 70% da mistura é a base do Coffea Arábica e 30%, do Robusta.

Talvez você se pergunte, como o café chegou no Brasil? O café chegou ao norte do Brasil, mais precisamente em Belém, em 1727, trazido da Guiana Francesa para o Brasil pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, imagem acima, a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará, que o enviara às Guianas com essa missão. Já naquela época o café possuía grande valor comercial. Palheta aproximou-se da esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa, conseguindo conquistar sua confiança. Assim, uma pequena muda de café Arábica foi oferecida clandestinamente e trazida escondida na bagagem desse brasileiro.

Referências: http://www.abic.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=38#62

https://www.mexidodeideias.com.br/tecnicas-de-preparo/tipos-de-cafe-arabica-e-robusta/